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Ruben, amante ocasional

por Fernando Lopes, 3 Mar 12

Percorrera o calvário dos call-centers, concorrera a museus, institutos, galerias. Nada. Tinha-se licenciado em história da arte por prazer, conscientes das dificuldades. Cansado de vender MEOs ao telefone, decidiu passar uns dias no algarve, repensar estratégias. Estava a ler Joyce, quando foi abordado por uma inglesa de meia-idade. Conhecedora de "Dubliners" e do seu autor logo ali iniciaram uma conversa sobre literatura, arte, a ausência de futuro de Ruben. Após várias cervejas, entorpecido, foi convidado para a acompanhar até ao hotel. Acedeu. Afinal não havia nada a perder. Fizeram amor durante grande parte da tarde. Emma revelou-se uma amante carinhosa e intensa, mais delicada e atenta do que muitas jovens que havia conhecido. Foram jantar e Emma convidou-o para dormir no seu hotel. Quando se despediram, no dia seguinte, pediu-lhe o número de telemóvel e passou-lhe discretamente para a mão 200 euros. Não queria aceitar, recusou. Ela insistiu, era apenas uma pequena ajuda para lhe permitir ficar mais uns dias de férias. Relutantemente acedeu.

 

 

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