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A paz social compra-se!

por Fernando Lopes, 8 Ago 11

 




Como bem disse Hugo Mendes no Jugular, a paz social compra-se. Os tumultos em Londres são consequência indirecta do fecho de clubes de jovens, que continham numa paz podre, uma massa sem escolaridade, sem emprego, sem futuro. O governo de David Cameron resolveu cortar subsídios a esses "youth clubs" deixando esse bando de miúdos sem nada a perder, à rédea solta. Os resultados são visíveis. Dois dias de tumultos, mais de 100 detidos, caos e pilhagens na rua. Transpondo estes factos para a sociedade portuguesa, o RSI teve o mérito de mal ou bem conter casos similares. Embora este tipo de violência seja indefensável, negar a sua existência latente neste cantinho à beira mar plantado é seguir a táctica da avestruz. É bom que se veja o que se corta e onde se corta sob risco de se gerarem ricochetes de calibre similar.

P.S. - Acho que é bem claro para todos que sou contra a violência. Mas antes de estender o dedo acusador e ficar pela espuma das coisas procuro compreender o porquê. Este artigo é um bom contributo.

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A aristocracia dos blogues

por Fernando Lopes, 8 Ago 11


O post anterior vem na sequência de um dos vícios de que enferma a blogosfera portuguesa. É um clube de amigos, candidatos a assessores do assessor, que funciona em circuito fechado, apenas reconhecendo aquilo que consideram os seus pares. Nada mais natural, é uma espécie de aristocracia dos blogues, mesmo dos supostamente republicanos e laicos. Com esses posso eu bem.

O que me incomoda é que até os temas canibalizam, como se só eles existissem. Na passada quinta-feira a propósito do "apoio alimentar" e cursinhos de "como não gastar o dinheiro que não recebes" do Pingo Doce, eu e o Der Terrorist escrevemos sobre o tema que foi aqui debatido pelos amigos que me honram com a sua visita e os seus comentários.

Pedro Sales do arrastão pegou no tema na sexta e bem. Só que a aristocracia blogosférica só reconhece os seus pares e João Gomes de Almeida, o alberguista de serviço refere com a maior cara de pau "o não tema da Jerónimo Martins, lançado pelo Pedro Sales no Arrastão". Tudo isto seria aceitável se suas excelências não tivessem linkado à noticia em causa no i, e tivessem reparado, a não ser que padeçam de cegueira total que não tinha sido Pedro Sales a "lançar o tema".

No meio disto junta-se um jornalista anafadinho a dar conselhos sobre o seu entendimento do que deve ser a casa dos outros e daí um sonoro e sentido, pró caralho! Capiche?

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