Diário do Purgatório © 2012 - 2014
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"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better."
por Fernando Lopes, 31 Jan 11
por Fernando Lopes, 31 Jan 11
por Fernando Lopes, 30 Jan 11
"Só porque agora as coisas vão visível e temporariamente menos mal do que antes, criou-se o mito de que Portugal vai bem. Mas na realidade não vai. Pouco importa se olhamos de fora ou de dentro para realizarmos que o suposto bem-estar actual é um bem-estar de pechisbeque. Com consequências muito desagradáveis para as gerações futuras, a quem será apresentada a factura.
E não se podem ajuizar as condições de vida de um povo medindo-as pela quantidade de jipes dos novos-ricos e dos quase-pobres. Para isso o ridículo de alguns actos governamentais, a corrupção impune, os mendigos nas ruas e as filas de espera nos hospitais, são um índice mais seguro.
Portugal, sabem-no em demasia os políticos e os economistas, é um país endividado, a viver de créditos e que, produzindo pouco e significando pouco, se regozija de num ou noutro ano ser menos pobre do que a Grécia.
É um país que não investe na educação, mas nos todo-o-terreno, e onde os bancos e os ricos conseguem o milagre de pagar uma percentagem de impostos inferior à do operário."
Estas palavras, que magoam de actualidade, foram ditas em 2001, pelo inevitável J. Rentes de Carvalho. Duvido que o Mestre possua uma varinha de condão, ou dons divinatórios concedidos por uma qualquer pitonisa. Mas a combinação de uma inteligência aguda, espírito crítico, capacidade de análise e experiência de vida podem fazer com que se veja muito à frente do seu tempo.
Não lhe invejo a sorte, pois se ás vezes lhe leio enfadado e angústia, compreendo agora o porquê.
Tudo lhe deve parecer um enorme "déjà vu". Escritos seus como "Portugal, a Flor e a Foice", permanecerão nas gavetas, por demais incómodos para serem publicados.
Mas temos de amar este homem singular e respeitar a sua obra. São um património que inevitavelmente acabará reconhecido por todos.
por Fernando Lopes, 29 Jan 11
Foto:AFP/JN Online |
por Fernando Lopes, 28 Jan 11
Fonte: www.portoantigo.org |
por Fernando Lopes, 27 Jan 11
por Fernando Lopes, 27 Jan 11
"Quando eu escrevo a palavra ação, por magia ou pirraça, o computador retira automaticamente o c na pretensão de me ensinar a nova grafia. De forma que, aos poucos, sem precisar de ajuda, eu próprio vou tirando as consoantes que, ao que parece, estavam a mais na língua portuguesa. Custa-me despedir-me daquelas letras que tanto fizeram por mim. São muitos anos de convívio. Lembro-me da forma discreta e silenciosa como todos estes cês e pês me acompanharam em tantos textos e livros desde a infância. Na primária, por vezes gritavam ofendidos na caneta vermelha da professora: não te esqueças de mim! Com o tempo, fui-me habituando à sua existência muda, como quem diz, sei que não falas, mas ainda bem que estás aí. E agora as palavras já nem parecem as mesmas. O que é ser proativo? Custa-me admitir que, de um dia para o outro, passei a trabalhar numa redação, que há espetadores nos espetáculos e alguns também nos frangos, que os atores atuam e que, ao segundo ato, eu ato os meus sapatos.
Depois há os intrusos, sobretudo o erre, que tornou algumas palavras arrevesadas e arranhadas, como neorrealismo ou autorretrato. Caíram hifenes e entraram erres que andavam errantes. É uma união de facto, para não errar tenho a obrigação de os acolher como se fossem família. Em 'há de' há um divórcio, não vale a pena criar uma linha entre eles, porque já não se entendem. Em veem e leem, por uma questão de fraternidade, os és passaram a ser gémeos, nenhum usa chapéu. E os meses perderam importância e dignidade, não havia motivo para terem privilégios, janeiro, fevereiro, março são tão importantes como peixe, flor, avião. Não sei se estou a ser suscetível, mas sem p algumas palavras são uma autêntica deceção, mas por outro lado é ótimo que já não tenham.
As palavras transformam-nos. Como um menino que muda de escola, sei que vou ter saudades, mas é tempo de crescer e encontrar novos amigos. Sei que tudo vai correr bem, espero que a ausência do cê não me faça perder a direção, nem me fracione, nem quero tropeçar em algum objeto abjeto. Porque, verdade seja dita, hoje em dia, não se pode ser atual nem atuante com um cê a atrapalhar."
Quem me lê sabe que detesto o copy/paste, o ser genial por interposta pessoa.
Mas este texto é tão delicioso que não resisti a cair nessa armadilha. Obrigado, Manuel Halpern.
Aos meus amigos, as minhas desculpas.
Manuel Halpern na Visão
por Fernando Lopes, 26 Jan 11
Fonte: presidenciais.com |
por Fernando Lopes, 26 Jan 11
Fonte: flickr |
por Fernando Lopes, 25 Jan 11
Interessante chegar aqui anos mais tarde aqui e pe...
Achei muito interessante atualmente esta sua posta...
boa tarde , estive neste sitio esta semana e pergu...
O Pretinho do Japão é citado, como profeta, em Ram...