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sitemeter? não, obrigado ...

por Fernando Lopes, 31 Jan 11


Como uma parte significativa dos bloggers, resolvi instalar o sitemeter.
Trata-se de curiosidade em saber quantos e como me lêem. É humano que procuremos ter algum sucesso nas actividades que desenvolvemos, mesmo quando não passam de um hobby.
Ontem analisei mais detalhadamente o conteúdo do sitemeter e resolvi retirá-lo. É uma invasão à privacidade dos amigos que  passam por este humilde blogue. Para que quero eu saber se os meus visitantes estão em Setúbal, Santarém ou Matosinhos?
Qual a mais valia de saber o seu IP e fornecedor de internet?
Agradeço a todos os que me acompanham, mas deles nada mais quero saber que não quais os posts que mais interessaram.
A partir de hoje, não há sitemeter neste blogue.
As minhas desculpas por esta invasão de privacidade, de que não tinha conhecimento, nem tomei proveito.

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21 gramas

por Fernando Lopes, 31 Jan 11



Aproveitei o domingo para rever "21 gramas", um dos meus filmes favoritos. Histórias que caminham paralelas, até um inevitável cruzamento. Um realizador de eleição Alejandro González Iñárritu, e dois dos meus actores favoritos, Sean Penn e Benicio del Toro.

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déjà vu

por Fernando Lopes, 30 Jan 11

"Só porque agora as coisas vão visível e temporariamente menos mal do que antes, criou-se o mito de que Portugal vai bem. Mas na realidade não vai. Pouco importa se olhamos de fora ou de dentro para realizarmos que o suposto bem-estar actual é um bem-estar de pechisbeque. Com consequências muito desagradáveis para as gerações futuras, a quem será apresentada a factura.

E não se podem ajuizar as condições de vida de um povo medindo-as pela quantidade de jipes dos novos-ricos e dos quase-pobres. Para isso o ridículo de alguns actos governamentais, a corrupção impune, os mendigos nas ruas e as filas de espera nos hospitais, são um índice mais seguro.

Portugal, sabem-no em demasia os políticos e os economistas, é um país endividado, a viver de créditos e que, produzindo pouco e significando pouco, se regozija de num ou noutro ano ser menos pobre do que a Grécia.


É um país que não investe na educação, mas nos todo-o-terreno, e onde os bancos e os ricos conseguem o milagre de pagar uma percentagem de impostos inferior à do operário."



Estas palavras, que magoam de actualidade, foram ditas em 2001, pelo inevitável J. Rentes de Carvalho. Duvido que o Mestre possua uma varinha de condão, ou dons divinatórios concedidos por uma qualquer pitonisa. Mas a combinação de uma inteligência aguda, espírito crítico, capacidade de análise e experiência de vida podem fazer com que se veja muito à frente do seu tempo.

Não lhe invejo a sorte, pois se ás vezes lhe leio enfadado e angústia, compreendo agora o porquê.

Tudo lhe deve parecer um enorme "déjà vu". Escritos seus como "Portugal, a Flor e a Foice", permanecerão nas gavetas, por demais incómodos para serem publicados.
Mas temos de amar este homem singular e respeitar a sua obra. São um património que inevitavelmente acabará reconhecido por todos.

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O meu momento Nuno Rogeiro ...

por Fernando Lopes, 29 Jan 11

Foto:AFP/JN Online

 Todos temos as nossas fraquezas. Este é, claramente, um momento de fraqueza em que liberto o Nuno Rogeiro aprisionado em mim. O homem sempre me fez confusão, desde a primeira guerra do Iraque, em que falava de mísseis SCUD (não confundir com SCUT, um buraco e não um míssil, e bem português), e de geopolítica, com a facilidade que eu falo de, de .... não me lembro agora.

Estive a ver a Al Jazeera, e o discurso de Mubarak. A comparação entre a Tunísia e o Egipto começa e acaba no facto de ambos serem países islâmicos governados com mão de ferro. Fim de comparação.
A secularidade que vivi em Tunes, Sfax ou mesmo parcialmente na cidade santa de Kairouan, nada têm a ver como o Egipto. O Egipto é por definição o amigo americano, e o povo egípcio para fugir à opressão refugiou-se em variados movimentos democráticos, mas com forte pendor religioso, como a Irmandade Muçulmana.

O poder caiu na rua, e nem a Irmandade conseguirá controlar a onda de insatisfação com a falta de liberdade e baixíssimo nível de vida contra os quais o povo egípcio se tem revoltado.
Ao contrário de Nuno Rogeiro, não consigo prever onde irá terminar a revolta, uma vez que Mubarak tem o exército do seu lado. Uma coisa é certa. O povo não quer Mubarak e este não quer sair do poder. Para evitar o efeito dominó os regimes árabes opressores, de Mubarak a Kadafi,  terão de proceder a uma abertura democrática ou o correr o risco de implodir.

A ver vamos, como dizia o ceguinho...

Post de 28 de Janeiro de 2011 ás 23:20

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coisas de antanho ... (V)

por Fernando Lopes, 28 Jan 11

Fonte: www.portoantigo.org
Sorrio quando me lembro do Bazar dos Três Vintens. Criado em Cedofeita, aquela casa foi o Toys'R'Us da minha geração e de muitos outros portuenses. Recordo-me das muito desejadas pistas de comboios, das pistas de corrida da Scalextric e dos mais acessíveis carros de metal da Matchbox.
Naquele longo corredor concentravam-se todos os meus desejos de menino. As nossas opções era reduzidas, bem como a ânsia consumista. Um qualquer boneco de chumbo era suficiente para nos deixar felizes.
Com o passar dos anos e os hiper-mega-giga supermercados de brinquedos, o Bazar dos Três Vintens caiu em decadência, mantendo da sua antiga glória apenas os magníficos azulejos da fachada.
Agora está lá uma qualquer Zara ...
Mas o Bazar está bem vivo nas recordações de infância de várias gerações de portuenses que ali concretizaram os seus sonhos ou namoriscaram durante meses aquele carrinho...

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Ao que chega a estupidez ...

por Fernando Lopes, 27 Jan 11



Isto é o que a rapaziada do Tea Party pensa da Holanda, e provavelmente de todos os que são um pouco menos inteligentes que George W. Bush, essa alma inspiradora ...
Deus nos livre dos Republicanos !!!

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Um cê a mais por Manuel Halpern

por Fernando Lopes, 27 Jan 11


"Quando eu escrevo a palavra ação, por magia ou pirraça, o computador retira automaticamente o c na pretensão de me ensinar a nova grafia. De forma que, aos poucos, sem precisar de ajuda, eu próprio vou tirando as consoantes que, ao que parece, estavam a mais na língua portuguesa. Custa-me despedir-me daquelas letras que tanto fizeram por mim. São muitos anos de convívio. Lembro-me da forma discreta e silenciosa como todos estes cês e pês me acompanharam em tantos textos e livros desde a infância. Na primária, por vezes gritavam ofendidos na caneta vermelha da professora: não te esqueças de mim! Com o tempo, fui-me habituando à sua existência muda, como quem diz, sei que não falas, mas ainda bem que estás aí. E agora as palavras já nem parecem as mesmas. O que é ser proativo?  Custa-me admitir que, de um dia para o outro, passei a trabalhar numa redação, que há espetadores nos espetáculos e alguns também nos frangos, que os atores atuam e que, ao segundo ato, eu ato os meus sapatos.

Depois há os intrusos, sobretudo o erre, que tornou algumas palavras arrevesadas e arranhadas, como neorrealismo ou autorretrato. Caíram hifenes e entraram erres que andavam errantes. É uma união de facto, para não errar tenho a obrigação de os acolher como se fossem família. Em 'há de' há um divórcio, não vale a pena criar uma linha entre eles, porque já não se entendem. Em veem e leem, por uma questão de fraternidade, os és passaram a ser gémeos, nenhum usa chapéu. E os meses perderam importância e dignidade, não havia motivo para terem privilégios, janeiro, fevereiro, março são tão importantes como peixe, flor, avião. Não sei se estou a ser suscetível, mas sem p algumas palavras são uma autêntica deceção, mas por outro lado é ótimo que já não tenham.

As palavras transformam-nos. Como um menino que muda de escola, sei que vou ter saudades, mas é tempo de crescer e encontrar novos amigos. Sei que tudo vai correr bem, espero que a ausência do cê não me faça perder a direção, nem me fracione, nem quero tropeçar em algum objeto abjeto. Porque, verdade seja dita, hoje em dia, não se pode ser atual nem atuante com um cê a atrapalhar."

Quem me lê sabe que detesto o copy/paste, o ser genial por interposta pessoa.
Mas este texto é tão delicioso que não resisti a cair nessa armadilha. Obrigado, Manuel Halpern.
Aos meus amigos, as minhas desculpas.

Manuel Halpern na Visão

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Superioridade moral

por Fernando Lopes, 26 Jan 11

Fonte: presidenciais.com
Assim se vê a apregoada superioridade moral de Cavaco. Em tempos de crise, o biltre opta por duas pensões que prefazem 10.000 euros mês, em vez de um vencimento de Presidente da República de 6.523,93 euros.
É compreensível, a Maria Cavaca só recebe 800 euros de pensão.

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Ensino público, ensino privado ...

por Fernando Lopes, 26 Jan 11

Fonte: flickr
Por curiosa coincidência, vou amanhã a uma "entrevista" para inscrever a minha filha no ensino privado. Longe da polémica com o ensino privado, a minha opção prende-se com dois factores fundamentais:
1 - Proporcionar uma ambiente teoricamente mais protegido a uma criança que então terá seis anos.
2 - Procurar um estabelecimento onde a bitola da exigência seja nivelada por cima e não por baixo.
Foi uma decisão reflectida, pensada como um investimento, que os tempos não estão fáceis e a propina não é baixa.
Curiosamente, foi um grande amigo meu, engenheiro de formação e professor por vocação, que mais contribuiu para esta opção.
Em jantar de amigos, manifestava-me a frustração por não poder acompanhar alunos mais expeditos, que rapidamente se desiludiam com o ritmo a que a aulas eram dadas. Dizia-me ele, que tendo 15 alunos no nível médio/bom e 15 de nível baixo/fraco, tinha de optar por seguir um andamento mais lento em detrimento da procura da excelência.
Após longa reflexão, com a consciência de que os colégios privados podem criar seres alienados, que acham que toda a gente tem carro, casa e vive uma vida relativamente confortável decidi inscrever a minha filha no ensino privado.
Cabe-me fazê-la reflectir, respeitar e apoiar os mais desprotegidos, saber que, neste mundo cão, existem mais espinhos do que rosas.

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Master of Puppets

por Fernando Lopes, 25 Jan 11


Não, não vou falar do clássico álbum de heavy-metal dos Metallica. Antes de como me sinto em relação ao sistema que nos esmaga, traga e regurgita.
Toda a questão da abstenção nas presidenciais, meteu os meus dois neurónios a trabalhar com grande intensidade.
Em eleições os votos brancos ou nulos, são votos no sistema. Validam-no, dizendo que concordamos com ele, mesmo que nos pareça rebeldia. A abstenção é encarada como falta de cidadania. Mas cidadania para perpetuar estes personagens ?
Há quem advogue a resistência pacífica, como Gandhi, ou revoluções que defenestrem esta cáfila que nos governa.
Não tenho soluções, apenas dúvidas. Mas parece-me que ir depositar o voto na urna, ordeiramente, e pensar que se escolheu algo é completamente errado. Apenas alternamos o mestre das marionetas que somos. E presos por fios, conduzidos para onde o mestre quer, não passamos de bonecos, guiados por mãos sujas ...

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