por Fernando Lopes, 2 Jun 11
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Encontrei este amolador que simpaticamente acedeu a ser fotografado. Lembro-me de ainda criança, os ver a trabalhar à porta do Mercado do Bolhão. Faíscas voavam em todos os sentidos. Para um petiz de 5 ou 6 anos aquilo era o cúmulo do perigo e da transgressão permitida. Ficava uns bons minutos a admirar o modo hábil como afiavam facas e tesouras entre uma chuva de luzes saltitantes. Recordo-me também do som típico das flautas de pã com que se faziam anunciar rua acima. Ao ouvir o som sempre me ficou uma sensação de angústia. As
estórias que a minha avó contava eram de desgraças. Os amoladores eram quase todos galegos pobres fugidos à guerra civil espanhola. Talvez isso fosse uma verdade em tempos remotos, não o era certamente nos anos 70 da minha infância. Mas o som melancólico da flauta ainda hoje me fazer tremer o estômago. Ficou gravado na memória como um prenúncio de fome ...
P.S. - O ar de dureza e simultaneamente de dignidade marcam este homem.
Interessante chegar aqui anos mais tarde aqui e pe...
Achei muito interessante atualmente esta sua posta...
boa tarde , estive neste sitio esta semana e pergu...
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