Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

106 anos e ainda fazemos festa.

por Fernando Lopes, 29 Jul 16

Hoje de manhã recebi uma mensagem do meu melhor amigo. Estava no Porto e queria que fossemos jantar e beber um caneco. Conheço-o desde a 1ª classe, já lá vão – é fazer as contas. Este meu amigo, também com 53 anos, parece uma boa meia-dúzia de anos mais novo. Partilhamos desde sempre vitórias, angústia, interrogações. É arquitecto, um tipo sensível, bem-disposto, com um dos sentidos de humor mais ácidos que conheço. Tem fama – talvez um bocadinho justificada – de playboy. É acima de tudo uma pessoa que ama a vida e que procura vivê-la com o máximo empenho possível. Gosto destes encontros porque seguem sempre a cartilha do improviso, tanto podemos acabar bêbados como cachos como numa conversa séria sobre livros, arte, religião, o que seja. De qualquer modo, colocamos mais de quarenta anos para trás das costas e voltamos a ser dois ganapos. Com ele, sou apenas eu, o Fernando, voltamos a ser os miúdos que jogavam à bola e se escondiam debaixo dos carros quando a professora saía da escola. Essa ingenuidade reencontrada é a melhor das terapias. Boys will be boys.  

Autoria e outros dados (tags, etc)

13 comentários

De Fernando Lopes a 30.07.2016 às 16:34

Good morning. :)


A feminine scent is always welcome. 
_______________________________________________


Não é nada o meu estilo. Sou acusado de ser demasiado latino, expansivo até à medula, de distribuir abraços e beijos até mais não. 


P.S. - Em Marraquexe um qualquer árabe cismou que era o seu primo berbere. Levei seis ou sete bejufas barbudas até lhe dizer que já estava bem de tanto afecto. :)


_______________________________________________


Ensinar os homens a não esconder os afectos não é difícil, a maior parte de nós não passa de meninos que anseiam incontidos abraços.

De alexandra g. a 31.07.2016 às 16:11

estou a tentar imaginar-te - sem te conhecer, excepto das oalavras - e a rir com gosto: a imagem de ti, simultaneamente afectuoso e 'desbocado', aflito no meio de beijos do primo desconhecido, em Marrocos, tentando um desenlace a contento de ambos :))

De Fernando Lopes a 31.07.2016 às 16:40

Sou um marroquino ligeiramente mais clarito que a maioria dos compatriotas. Descobri depois que entre eles, há quanto mais tempo não se vêem maiores devem ser as manifestações de afecto. Repara que o meu «primo» não me via há mais de 40 anos, bem trabalhadinho era um tarde inteira naquilo. Abrenúncio. 

De alexandra g. a 31.07.2016 às 16:45

eu sei, acredita que consigo visualizar o episódio :)
____
next time, aproveita e traz um daqueles bules maravilhosos, um belo tapete, quem sabe, como recuerdo e... hasta la vista! :)

De Fernando Lopes a 31.07.2016 às 17:06

Recordas-te-me este episódio:


http://diariodopurgatorio.com/380870.html

De Fernando Lopes a 31.07.2016 às 17:08

Desculpa o erro, é a merda do smartphone.

De alexandra g. a 31.07.2016 às 17:10

Desculpo-te esse e o outro erro, que seguramente te foi transmitido em criança e esqueceste, na vertigem que as viagens oferecem: nunca aceitar convites de gente estranha, principalmente se não te oferecer, sem retribuição, um bule maravilhoso ou um belo tapete :P

De Fernando Lopes a 31.07.2016 às 19:08

Nem quero imaginar o «tapete» que a sra. teria. Pois se nunca viu corte de pêlo na vida. ;)

De alexandra g. a 31.07.2016 às 19:23

ei, eça (quando não depilo o buço :) tem direitos de autor: quando não me depilo com frequência, chamo às pernas tapetes persa.


deves-me 9000 maravedis :D


seremos primos? :)))


_________
have a great evening :)

De Fernando Lopes a 31.07.2016 às 19:59

Estava a falar do «tapete» que protege a zona íntima, a moça nuzinha, devia-se ver logo que era filha do profeta. ;)




_____________________
Likewise.

Comentar post

Pesquisar

Pesquisar no Blog

Feedback