Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

03:30.

por Fernando Lopes, 11 Set 16

É sábado à noite, 3:30 da manhã. Inebriado pelo álcool, penso encontrar-te. Sentar-nos-íamos numa mesa qualquer de um bar fora de moda, um olho no passado, outro no que ainda nos falta viver. Farias como sempre, bebericando o primeiro gole da minha cerveja, acendendo um cigarro, e com ar de diva, colocá-lo-ias na minha boca, húmido dos teus lábios, eu feliz, como se recebesse um fluído de vida. Falaríamos dos amores passados, do nosso passado que é sempre presente, das pessoas ao mesmo tempo estranhas e íntimas em que nos transformamos. Há muito não partilhamos a mesma cama, e, no entanto, ainda a sinto com o teu calor. Falhamos? Destino? Cair-me-iam pelo rosto lágrimas tão indefiníveis como pequenas gotas de orvalho. Não sei se choro pela alegria do que foi se pela incerteza do que há-de vir.

Autoria e outros dados (tags, etc)

9 comentários

De Fernando Lopes a 12.09.2016 às 12:29

Obrigado, Henedina. Corrigido.

Comentar post

Pesquisar

Pesquisar no Blog

Feedback