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Presas, que de facto, o não são.

por Fernando Lopes, 4 Mai 16

Algo que me irrita nas mulheres portuguesas é verem-se sistematicamente como presas num mundo de predadores. Não nego que existam homens que vivem para o prazer da conquista, esfalfam-se para seduzir usando armas poucos subtis ou éticas. Daí ao assédio vai um pequeno passo, concedo isso.

 

No mundo dos adultos que algumas se recusam a habitar, existe sempre a palavra NÃO. Quem tem dificuldade em conjugar este advérbio dificilmente fará algo na vida.

 

Apesar de décadas a caminharmos para um tratamento igualitário, de mulheres cada vez mais presentes em todos os campos da vida, da política às empresas, passando pela prevalência na academia ou medicina, este modo de «virgem ultrajada» teima em permanecer como um atavismo de muitas, sobretudo no campo afectivo.  

 

Gosto de mulheres – e de homens – que vão à luta, que insistem, batalham, ganham o seu lugar nos negócios e na vida não fazendo o falso jogo da fragilidade. São as mulheres habitualmente muitas mais sólidas, resistentes, consistentes, que os patetas que ostentam um tripé entre as pernas.

 

Serve o desabafo para relembrar às senhoras que há homens que também gostam de ser cortejados, seduzidos, e acima de tudo de serem tratados com igualdade e frontalidade. Na vida, no amor, no trabalho, a vitimização nunca deu grandes resultados. Por isso, minhas senhoras, «Às armas».

 

São muito mais respeitadas e valorizadas as que se veem como iguais que as que insistem no papel de vítimas.

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3 comentários

De Um Jeito Manso a 04.05.2016 às 22:35

Qualquer coisa na base do que aqui se pode ler?


http://umjeitomanso.blogspot.com/2016/05/ca-estao-eles-outra-vez-os-meus.html?showComment=1462397333309#c626631144440376286



Uma boa noite, Fernando!

De Fernando Lopes a 04.05.2016 às 22:49

Em primeiro lugar, fim à vitimização feminina, basta. Em segundo não interessa tanto ser sedutor ou seduzido, mas sim o «natural» da coisa. As mulheres têm os seus truques, nós alguns menos, mas se for um processo «produzido» apercebemo-nos, e esse é um jogo que eu ou qualquer homem com dois dedos de testa se recusa jogar. 


Enorme abraço.

De henedina a 07.05.2016 às 18:13

Nem sempre, nem nunca.
Eu não tenho truques. Sou do mais inapto possivel.
Ajo com desconfiança...como se os homens fossem predadores...mas quando confio...confio. 

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