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O que (alguns) homens querem.

por Fernando Lopes, 12 Fev 16

Convenço-me que somos para as mulheres um mistério quase tão grande quanto elas o são para nós. Vem-se-me esta ideia pelo comentário de uma leitora que pensa que uma mulher que luta com afinco e paixão por um homem o atemoriza. Não posso falar pelos outros, acho-o generoso e estimulante.

 

Por simplificação de raciocínio e para gáudio das meninas dividamos o sexo masculino em dois grandes grupos: o cheio de si e o inseguro. O cheio de si acha-se bonito, inteligente, engraçado, uma bomba na cama. As mulheres são um complemento do seu enorme ego, agradam-lhe as que reúnam em doses iguais beleza e estupidez. São um ornamento com uso sexual, um sinal exterior da sua alfa masculinidade.

 

Depois há os outros em que me incluo, inseguros, desajeitados, um bocado parvos, sem desenvoltura na arte da sedução. Sendo tímidos e trapalhões desejam sobretudo quem os ame e acarinhe. Uma bela mulher é sempre uma bela mulher, no entanto valorizamos mais a cabeça que o rabo, a generosidade que a beleza. Precisamos de uma mulher que nos estimule intelectualmente e esse estímulo está directamente ligado ao sexo. Curto e grosso: não nos apaixonamos nem fodemos mulheres burras.

 

O que mais desejamos nesta meia-idade é alguém que nos cuide da alma e das suas cicatrizes, e isso só uma mulher inteligente pode fazer. A perfeição física, os dotes de fada do lar, são qualidades que procuramos bem menos que essa capacidade de amar, cuidar, entregar-se incondicionalmente. Um colo para repousar, uma boa cabeça para discussão interessante são bem mais importantes. Os cinquentões inseguros conquistam-se com a cabeça, não com um abanar de ancas.

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