por Fernando Lopes, 11 Mar 11
Deu-me o fanico. Entre comprimidos, e para aliviar o tédio resolvi reorganizar os contactos do telemóvel. Dei com o nome do Paulinho. O Paulinho era um amigo meu de juventude, que faleceu num estúpido acidente. Fui ao funeral e despedi-me como sempre. Uma palmada na cara e um - até um dia destes companheiro. Já passaram mais de dois anos, mas não consigo apagar o contacto do telemóvel. Como se ao apagá-lo, extinguisse a possibilidade de o voltar a reencontrar. Como se tivesse medo de apagar a amizade, os copos bebidos, as confissões trocadas. Como se me estivesse a confrontar com a minha própria mortalidade, em que chegará o dia que, também eu, serei um contacto a apagar. Vais ficar por aqui. Um dia destes vou ver-te ao dobrar da esquina, dar-te o estalo carinhoso do costume e dizer:
- Vem daí, vamos beber uma cerveja e pôr a conversa em dia.
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